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Olá, galera!

Existe um milhão de dicas para quem pratica yoga. Uma delas, que se refere aos âsanas, é a atenção ao alinhamento. O alinhamento do corpo deve ser iniciado pela coluna. A extensão da coluna é o canal onde corre a energia de sushumna (energia vital), através do muladhara (chakra raiz), que é localizado na região do períneo. Inter passam sushumna - em movimentos ondulares, as correntes de energia Ida (narina esquerda) e Píngala (narina direita). Elas estão respectivamente relacionadas aos dois pólos de energia universais (positivo e negativo), que se movimentam de forma que cada corrente se utilize da força de uma e de outra, gerando um equilíbrio interno e externo. Por isso, a importância do alinhamento da coluna. 

Em qualquer âsana que você fizer, você sempre vai começar observando o alinhamento do corpo, começando por alinhar a coluna. Imagina um fiozinho saindo da base da coluna, subindo e alinhando o corpo até sair no topo da cabeça. A atenção da mente, que deve se voltar para a respiração, também pode explorar o corpo: o importante é respirar atento ao instante presente, sentindo o corpo e a respiração.

A palavra âsana significa "assentar", então devemos seguir essa técnica iniciando sempre com o assentamento da base, que irá fica mais pesada, absorvendo um peso maior do corpo e se deixando levar pela gravidade natural.

Se o âsana for sentado, inicie sentindo e observando a pressão e o peso nessa região inferior do corpo, mas mantenha essa região relaxada. Em seguida, aplique o alinhamento da coluna com a explicação do segundo parágrafo.

Nos âsanas em pé, inicia sentindo os pés firmes no chão, confortáveis, sobe alinhando as pernas e segue para o alinhamento da coluna. Nas aberturas do braços, alinhar sempre deixando eles bem esticados, "afastando" a clavícula e a escápula do tronco. Esse esticamento dos braços intensifica o alongamento no momento da postura. Já nas pernas e quadril, tentar manter os membros sem flexionar mas, atenção, as pernas devem ficar esticadas no limite em que o praticante aguenta se sentindo confortável, ou seja, se você sentir dor você terá ultrapassado seu limite de conforto. Não sinta dor, mantenha os membros esticados só até onde você consegue, se eles flexionarem instintivamente, não avance.




Observe na imagem acima como a coluna está alinhada e os braços acompanham o alinhamento, bem esticados. A perna de trás não flexiona e a da frente sustenta mais o peso do corpo.

Tanto sentado como em pé, nas flexões para a frente, deve-ser começar flexionando as primeiras vértebras e, por último, a cabeça (ela deve ser a última parte a flexionar). Nas flexões para trás é a mesma coisa: inicia flexionando a primeira vértebra, na base da coluna, e segue flexionando todas as outras até deixar a cabeça cair para trás.

Nos âsanas deitados, deve-se ter cuidado com a cabeça, que às vezes pende para um lado. A parte de trás da cabeça deve estar aplanada. Essa posição é a que mais proporciona o relaxamento, então aproveite isso também. Quando estiver na postura, deixe o corpo bem pesado.

Acho que é isso até agora! 

Namastê!!
M.F








Descobri esse filme no Netflix acho que no começo deste ano (ou no final do ano passado) e dei uma piradinha, porque é demais! O documentário tem um super material de arquivo e, pra quem se interessa por yoga, é muito legal ver como o Universo cuidou para que todos os ensinamentos fossem repassados consistentemente, principalmente no Ocidente, onde somos mais "carentes" espiritualmente.


Quando eu assisti ao filme, senti que era uma espécie de presente para mim, pela oportunidade de conhecer melhor a vida de Yogananda. E em um momento do documentário, que mostra o período de dificuldades que o guru passou, após um momento de grande efusão da yoga no Ocidente, eu também senti a importância que essas tribulações tiveram na vida de Yogananda. E como é importante analisarmos com cuidado as circunstâncias que surgem na nossa caminhada e entender que não controlamos os acontecimentos, mas que nossa postura e reação é primordial para que consigamos atingir nossos objetivos.

Eu passei a amar e admirar o mestre Yogananda, pela sua missão yogi aqui na terra! Sigamos aprendendo e compartilhando a PRÁTICA VERDADEIRA DO SISTEMA YOGA, com amor e humildade.


















Namastê!

M.F

Olá, amigos!

Hoje eu vou falar sobre a respiração abdominal, que é o pranayama básico do yoga.

Já mostrei aqui em um post sobre pranayamas para iniciantes essa técnica, mas não custa nada reforçar e, neste post, minha intenção é que você leve esse pranayama para o seu dia a dia, inserindo-o na sua respiração normal.

Um pouco sobre a energia absorvida

Quando inspiramos, o diafragma é arrastado para baixo enquanto o ar é aspirado pelos alvéolos pulmonares. Na expiração, o diafragma é puxado para cima e o pulmão se esvazia. Nesse processo, a energia vital (prana) que sustenta todo o Universo adentra pelas narinas. Essa energia é conduzida em nosso organismo através dos canais condutores (nadis) e é reorganizada dentro de nós, absorvendo os diversos estímulos que são emitidos por diferentes vias: pensamentos, atitudes, palavras, alimentação, drogas (lícitas ou ilícitas), ambientes, pessoas... tudo influencia nossa energia. Nossa energia influencia nosso estado de espírito, ou seja, é ela quem dita se nos sentiremos felizes ou tristes, tranquilos ou nervosos, confiantes ou inseguros, dispostos ou sonolentos e por aí vai.

Do ponto de vista energético, podemos entender bastante a justiça da Criação, pois nossa energia se molda a partir dos sinais emitidos por nós mesmos e ela é volátil: assim como entra, sai. Sempre teremos a oportunidade de regenerá-la. Regenerarmo-nos. Bom isso, né? 

A gente tem que tratar nossa respiração com muito carinho e cuidado. O objetivo é manter um ciclo de energia "limpa", fazendo uma higiene em vários aspectos da nossa vida; seja pensando o bem, seja comendo bem, seja escolhendo melhor as amizades... tudo isso irá ajustar nossa frequência vibratória, gerando um sinal magnético, que se atrairá por vibrações externas, que serão absorvidas através da respiração, retomando um novo ciclo.

O que é a Respiração Abdominal?

Quando respiramos, o ar ocasiona movimentos no corpo que influem duas áreas do sistema nervoso autônomo: o sistema simpático e o sistema parassimpático.

Esses dois sistemas atuam de maneira distinta, mas trabalham sinergicamente.
"Vejam que o sistema simpático é considerado um sistema gastador. O simpático nos prepara para a fuga ou luta, matar ou morrer, é o sistema que atua durante o medo, o estresse, os estímulos incomuns os quais não estamos acostumados a enfrentar no nosso cotidiano. O sistema parassimpático visa equilibrar o estímulo devastador feito pelo simpático, buscando o equilíbrio das ações, a busca de se preparar para um futuro breve. O parassimpático é considerado um sistema poupador que visa nos preparar para os momentos de escassez. Abaixo enumeramos seus principais efeitos:
Simpático: Dilatação da pupila, broncodilatação, vasoconstrição visceral e vasodilatação muscular, aumento da freqüência cardíaca (taquicardia), aumento da força de contração cardíaca, degradação do glicogênio hepático, lipólise (quebra de gorduras) e inibição das secreções do tubo digestivo.
Parassimpático: Contração da pupila, bronco constrição, diminuição da freqüência cardíaca (bradicardia), diminuição da força de contração cardíaca, síntese do glicogênio, lipogênese e estimulação das secreções digestivas."
Fonte: Fisiologia Fácil



A respiração abdominal permite que um pouco de ar entre pelo abdômen, causando um efeito relaxante instantâneo, pois estaremos movimentando uma área que corresponde ao sistema nervoso parassimpático. Esse sistema se situa na área crânio-sacral da medula espinhal e responde a situações de calma. O sistema nervoso parassimpático é responsável por diminuir a pressão sanguínea, o nível de açúcar no sangue e os batimentos cardíacos. 

Do ponto de vista prânico, ao movimentarmos essa área, estaremos ativando a kundalini, que conduz o prana em nosso corpo, num movimento ascendente que percorre a coluna vertebral e chega ao topo da cabeça.

Geralmente, o movimento da nossa respiração habitual, concentra o movimento do ar apenas na região do tórax, centralizando o desenvolvimento da corrente energética na região do sistema simpático. Ao levarmos ar para o abdômen, estimulamos o equilíbrio integrado do nosso sistema, pois a energia estará recebendo as vibrações dos pólos fisiológicos positivo (simpático) e negativo (parassimpático).

Como fazer?

Vamos lá, simples demais!

  1. Deite-se de costas no chão, com as pernas abertas flexionadas e os pés no chão. Pouse as mãos sobre o abdômen. Inspire e expire suavemente pelas narinas. 
  2. Inspire profundamente, enchendo suavemente os pulmões de ar. Simultaneamente, afrouxe o diafragma e deixe o ar escapar para o abdômen, que irá se projetar para frente, inflando como um balão. Não use força ou exagero, sinta com as mãos o movimento natural e confortável no abdômen.
  3. Expire tranquilamente, sem pressa, e sinta os pulmões se esvaziando do ar. Logo em seguida, deixe que o ar se retire também do abdômen, que irá se projetar para dentro, secando completamente. Novamente, sinta com as mãos esse movimento abdominal para baixo.
  4. Prossiga com a inspiração profunda, enchendo o pulmão e abdômen; depois a expiração profunda, esvaziando o pulmão e o abdômen. Realize dez ciclos de respirações (sendo inspirar + expirar = um ciclo) e volte a inspirar e expirar suave pelo nariz.
Obs1: Durante todo o processo, mantenha a sua atenção apenas para a respiração. Procure ao máximo realizar o procedimento: inspirar enchendo primeiro o pulmão, depois abdômen; expirar esvaziando primeiro o pulmão, depois o abdômen.

Obs1: Use as mãos pousadas sobre o abdômen para observar o movimento e note como ele se torna natural. Ao mesmo tempo, observe os batimentos desacelerando e a sensação de paz tomando conta do seu Ser.

Obs3: Jamais force a entrada ou saída do ar no abdômen, use a suavidade para esse exercício.




Galera, essa respiração é uma delícia e mudou muito minha vida, minha saúde, minha sanidade mental, rsrsrs... Espero que tenha o mesmo impacto positivo na vida de vocês. Pratiquem essas dez respirações diárias e observem como a respiração abdominal e a ativação do diafragma irá se inserir naturalmente à sua respiração. Pratiquem em qualquer lugar!

Namastê e um abraço fraternal.

M.F




Olar! Faz um bom tempo que não escrevo. Uma das minhas metas de 2017 é tentar manter as postagens aqui no blog. Acho que por eu ser muito metódica, fico querendo postar tudo muito completinho e nos mínimos detalhes, mas acabo não postando é nada. Então, vamos de postagens mais relax e sem tanta pressão...

Após um tempo desorganizada na prática, devido a mudanças de rotina e novas adaptações advindas de um ciclo que se encerrou junto com 2016, retorno mais centrada e com uma rotina que me permite uma maior dedicação aos meus prazerosos estudos e prática iogue. 

Essa sequência realizei ontem, foi breve mas bem revigorante. A postura mental foi crucial e a concentração total vai conduzir essa série, provando que não precisamos de uma hora no tapetinho para obter um resultado impactante.

Obs: Ao final da minha prática, eu executei uma técnica de meditação Sahaja Yoga, que venho estudando, mas não a coloquei aqui porque pretendo praticá-la um pouco mais para repassar aqui no blog. Mas é maravilhosa!!


TADASANA (Postura da Montanha)

  • Em pé, com o corpo bem ereto, os olhos fechados e os braços ao lado do corpo, volte a atenção para a respiração, inspirando e expirando suavemente pelo nariz. A cada expiração, aproveite para sentir os músculos soltando e relaxando. A atenção deve se voltar cada vez mais para a respiração e a postura deve ser finalizada quando você observar o coração mais desacelerado, a respiração calma e a mente tranquila.



DANÇA DO ELEFANTE
  • Continue em pé, abra os olhos e com as pernas afastadas um pouco mais do que a largura dos ombros, faça a "Dança do elefantinho", uma postura de relax que consiste em girar o corpo para um lado e para o outro, enquanto os braços devem acompanhar o ritmo, completamente largados. Essa postura é de relaxamento, devemos sentir os braços pesados, os ombros relaxados e tentar ir relaxando o corpo durante o movimento. Os olhos devem ficar abertos, para manter o equilíbrio.



VRIKÂSANA (POSTURA DA ÁRVORE)

  • Mantendo-se em pé, una as pernas e com os olhos abertos, fixe o olhar em um ponto à sua frente. Inspire e expire suave, concentre-se na respiração e mantenha a mente focada em cada movimento do corpo. Comece a sentir todo o peso do corpo sendo passado para a perna esquerda e quando o sentir o pé bem pesado no chão, tire lentamente o pé direito do chão, deslizando-o pela parte interna da perna esquerda, até pousar confortavelmente o é direito na região interna da coxa esquerda. Una as mãos no centro do peito, em prônam mudrá. Inspire e expire por alguns instantes, voltando devagar. Repita o processo com a outra perna.
Resultado de imagem para vrksasana yoga

TRIKONÂSANA (POSTURA DO TRIÂNGULO INVERTIDO)

  • Ainda em pé, abra as pernas novamente um pouco mais do que a largura dos ombros. Inspire, elevando os braços lateralmente bem esticados e, expirando, toque a mão direita no tornozelo direito, rotacionando o pescoço e corpo para o lado, olhando para a mão esticada acima. Inspire e expire. Inspirando, retorne à posição inicial. Repita para o outro lado.


ARDHA UTTANÂSANA (MEIA POSTURA DA FLEXÃO PARA FRENTE)

  • Una as pernas, inspire profundamente e, expirando, flexione para frente devagar, segurando na panturrilha. As pernas devem ficar esticadas, sem flexionar. Inspire e expire. Volte devagar e expirando.


YOGA MUDRÁ (POSTURA DO YOGA)

  • Sente-se de joelhos, acomodando o bumbum entre os pés. Matenha a coluna bem ereta, inspire e, expirando, flexione para frente, tocando a testa no chão. As mãos devem ficar entrelaçadas por trás. Inspire e expire suavemente e, a cada expiração, sinta todo o corpo relaxar a soltar toda a tensão. Permaneça no tempo que desejar.


SUKHÂSANA (POSTURA FÁCIL)

  • Finalizar sentando na postura fácil, com a coluna bem ereta. Inspire e expire suavemente, e volte a sua atenção para o inspirar e expira suave que enche os pulmões e renova sua energia. Aproveite para relaxar e dedicar cinco minutos (ou mais, para os avançados) para este momento de total concentração em seu corpo. Observe seus batimentos, sinta sua vida pulsando dentro do seu corpo. Sinta a energia que adentra seu corpo físico através das narinas, e que é absorvido pelo corpo energético. Mantenha a atenção na respiração, peça licença para os pensamentos que surgirem e torne a atenção para a respiração.



NAMASTÊ!!!!


M.F


Uma coisa interessante que eu tenho aprendido a entender: jñana e vidya, conhecimento e sabedoria.

Jñana (conhecimento) eu noto que é algo mais da energia positiva e solar. A expansão, a série de conexões que causa. Tem toda sua magnifíca contribuição, mas orbita pelo campo mental. Seu desequilíbrio, pra mais ou menos, tem seus efeitos colaterais como a falta de percepção para universos além do próprio ou uma percepção voltada unicamente para o Ego.

Vidya (sabedoria) está atrelada a Purusa (espírito). É como se o espírito se alimentasse de luz, com vidya. O conhecimento não alcança o espírito por si só, ele precisa estar ligado a um valor maior, à uma vontade maior, e aí nasce vidya, a luz da sabedoria.

A gente enfrenta muita coisa ruim no planeta em que vivemos. Mas também temos coisas maravilhosas! E eu tenho observado que isso se deve a essa mágica do equilíbrio entre jñana e vidya: pessoas colocando a mente para trabalhar em algo que contribui para o Ser. Não tô falando de Ego, viu? O Ser, atmã, nossa faísca divina é Uno. Ou seja, Somos todos. Por isso, tcharaamm, o impacto de quando fazemos coisas que animam nosso espírito é justamente receber de volta essa satisfação.

break down or break through: break down or break through

O conhecimento é você saber tudo sobre algo e a sabedoria é você se colocar no lugar de algo. Jñana entende o objeto e vidya se torna o objeto.

Então, vou dar uma breve viajada e refletir: amigo, quando acordar, abra os olhos, perceba as coisas à sua volta, sinta as coisas. Quando dormir, feche os olhos e faça uma reflexão sobre o que as coisas do seu dia trazem para você. O que te causam? O que te faz feliz? O que te faz genuíno com o que você quer?

Bom, é isso! Boa prática e que Deus nos abençoe.

Namastê
M.F


Oi, gente!! Que saudades eu estava daqui :)

Vamos continuar nossa peregrinação pelos oito passos do yoga, agora falando sobre o segundo yama, que se chama Satya (autenticidade).
Com o estabelecimento da autenticidade [satya], há o domínio sobre as ações e seus frutos. (Yogasutras, pág. 63. Sutra II, 36)
Satya é o não mentir, o não forjar. É manter sempre a verdade em qualquer situação que seja. Ao tentarmos inserir satya no nosso dia a dia é possível notar uma coisa interessante: a mentira é como uma bola de ferro presa com uma corrente no nosso pé. Quem carrega é a gente e somos nós quem sentimos o peso bem mais.

Quando a gente começa a praticar satya, a gente se dá conta de que não encaramos as situações, pessoas, problemas etc. tão de frente assim. E que, claro, não encaramos nós mesmos de frente. E é tão óbvio, fica tão claro - com a verdade, que nós carregamos uma bagagem tão grande de defeitos, falhas e desvios que podem e devem ser aperfeiçoados, que por um momento enxergamos claramente o por quê da necessidade de falar sempre a verdade, agir sempre com verdade e nos mostrarmos verdadeiramente aos outros. Satya nos faz dar os primeiros passos para começar a verdadeira (re)evolução do Ser. Pois apenas o que é verdadeiro é real. Apenas o que é verdade, existe e tem a condição de elevar o nosso divino ser.

Então, pra você que quer iniciar no fantástico mundo do yoga, é bom ir tentando introduzir a autenticidade na forma com que você lida com tudo na sua vida. Corta aquelas mentirinhas bestas, pensa antes de marcar compromissos que não possa cumprir, assuma as consequência dos seus atos sem precisar mentir. E seja honesto com o que você sente, principalmente. Faça suas escolhas baseadas no que te faz feliz, animado e não no que os outros pensam/querem de você. Eu acho que no fundo, satya é levar uma vida autêntica, totalmente verdadeira com aquilo que nosso reluzente e divino espírito (atma) magnetiza.

Claro que não iremos do dia pra noite, deixar de nos sabotar. Maaass podemos sim tentar, um passo de cada vez, diminuir esse hábito em nossa vida. Deixar a luz da verdade nos guiar e seguir seu prumo nessa existência.

Bj bj, viva São João! Namastê

M.F





Oi, galera!

Eu sempre fico falando por aqui que ioga não são só posturas e tal, então eu resolvi falar um pouco sobre os oito passos do yoga. São oito etapas básicas que constituem, de uma forma geral, os passos para a construção do iogue. São práticas que beneficiam todo o conjunto que forma o ser humano, eleva nosso espírito, controla nossa mente e potencializa nosso corpo e energia vital.

Com a destruição da impureza pela prática gradual
dos componentes do Yoga, a luz do conhecimento

[jñana] ilumina o discernimento [viveka]. 
O discernimento é o caminho para eliminar a falta de sabedoria (sutra 26), mas é também causa de todo sofrimento (sutra 15). Para que possamos resguardar apenas suas características verdadeiramente construtivas, devemos iluminá-lo com a inteligência despertada pela prática gradual dos angas do Yoga. 
(Yogasutras, pág. 61. Sutra II, 28)

São eles:

  • Yamas (normas de convivência):
- Ahimsa (não-violência)
- Satya (autenticidade)
- Asteya (não roubar)
- Brahamacharya (prática de uma vida espiritualmente regrada)
- Aparigraha (não cobiçar)

  • Niyamas (normas de auto aperfeiçoamento):
- Sauchan (purificação)
- Santososha (contentamento)
- Tapas (sacrifício)
- Svadhyaya (busca do saber interior)
- Íswara-pranidhana (entrega ao Senhor)

  • Ásanas (posturas de assentamento)
  • Pranayamas (prática de controle das forças sutis), obs.: exercícios de respiração 
  • Dharana (recolhimento)
  • Dhyana (concentração)
  • Samadhi (superação de si mesmo), obs.: estado de iluminação

É importante entender que esses oito passos não devem ser tomados como proibições ou regras que devem ser seguidas para se alcançar alguma coisa. Não é algo que foi "inventado" por alguém. Na verdade é um conjunto de práticas que foram reconhecidas ao longo da humanidade por sábios, seres mais evoluídos, e que estão aí como forma de se obter longevidade, tranquilidade, saúde, enfim, a auto-perfeição do nosso ser. Quando a gente busca isso, naturalmente esses passos serão (cada um a seu tempo) o que iremos trazer para nossa vida, pro nosso cotidiano.
Surgem então a pureza imaculada [çuddhi] de sattva,os pensamentos elevados, a concentração em um sóponto, o controle sobre os sentidos e aptidão paraauto-observação. (Yogasutras, pág. 63. Sutra II, 41)

***

AHIMSÃ - Não Violência

Hoje vou falar apenas do primeiro yama, ahimsã, e depois vou postando sobre os outros.


Então, yamas traduzido do sânscrito é algo como "restrições". Mas eu coloquei lá em cima como "normas de convivência", que é utilizado em muitas traduções também, porque eu acho que se encaixa mais. 

Vejamos: as restrições das quais os yamas estão relacionados diz respeito aos fatores de conduta moral. Àqueles que estão interligados com a forma de interagirmos em sociedade e de como conduzimos nossa vida como indivíduo, vivendo nessa coletividade. 

As ações maldosas, tais como agressão, etc., são feitas, levadas a ser feitas, e permitidas de ser feitas pela avareza, cólera, e ignorância; elas têm graus leve, moderado ou intenso e levam aos infinitos frutos do sofrimento e das trevas. Por isso deve-se desenvolver seus pensamentos contrários. 
Com o estabelecimento da não-agressão [ahimsa], a inimizade desaparece das proximidades. (Yogasutras, pág. 63. Sutra II, 34 e 35)








Ahimsã é barra, viu? Quando a gente decide parar pra pensar e observar é que vemos como nos entregamos gratuitamente a atitudes violentas, bem como pensamentos de raiva e obsessão. A não-violência de ahimsã engloba agressões físicas, psicológicas, contra outras pessoas, contra si próprio e os demais seres existentes. A não-violência é uma forma de exercer o amor absoluto sobre o planeta e tudo que nele contém.

Isso é difícil, mas não impossível. O yogi deve se acostumar a estar sempre em auto-observação, sempre percebendo o que chega para si e refletindo, procurando sempre alcançar o controle natural que devemos ter sobre a mente. Controlar a mente é uma chance de nos aperfeiçoarmos como seres humanos. Conseguimos enxergar mais do que imaginamos quando simplesmente criamos o hábito de parar para observar.

Observe o que há de violento e pense sobre isso, que tal?

Namastê, galera, até a próxima!

"A não-violência não consiste em renunciar a toda luta real contra o mal. A não-violência, tal como eu a concebo, empreende uma campanha mais ativa contra o mal que a Lei de talião, cuja natureza mesma traz como resultado o desenvolvimento da perversidade. Eu levanto, frente ao imoral, uma oposição mental e, por conseguinte, moral. Trato de amolecer a espada do tirano, não cruzando-a com um aço mais afiado, mas defraudando sua esperança ao não oferecer resistência física alguma. Ele encontrará em mim uma resistência da alma, que escapará de seu assalto. Essa resistência primeiramente o cegará e em seguida o obrigará a dobrar-se. E o fato de dobrar-se não humilhará o agressor, mas o dignificará [...] " (Mahatma Gandhi)






M.F